Uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão preventiva de um homem suspeito de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) na manhã desta terça-feira (1º), em Cascavel, no Oeste do Paraná. Além da prisão, a ação levou ao bloqueio de R$ 18 milhões em bens ligados à organização criminosa.
De acordo com o Ministério Público do Paraná, o alvo da operação é investigado por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como um dos responsáveis pela movimentação financeira do PCC na região Sul do país, utilizando familiares como “laranjas” para ocultar a origem ilícita dos valores.
A ofensiva policial cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em imóveis localizados nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu (PR) e Balneário Camboriú (SC). A investigação teve como foco desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa, responsável por lavar dinheiro proveniente de atividades ilegais.
Durante a operação, foram apreendidos celulares, documentos, quantias em dinheiro, equipamentos eletrônicos e veículos de luxo. As autoridades também bloquearam R$ 10 milhões em contas bancárias dos investigados e realizaram o sequestro de imóveis de alto padrão avaliados em aproximadamente R$ 7 milhões, situados nas três cidades. Três carros de luxo, estimados em mais de R$ 1 milhão, também foram confiscados.
A operação contou com o apoio de outras forças de segurança e faz parte de uma série de ações voltadas ao enfraquecimento da estrutura patrimonial do PCC na região Sul. Segundo o Gaeco, os investigados criaram uma rede de pessoas físicas e jurídicas com o objetivo de dissimular a origem dos recursos ilícitos, dificultando o rastreamento e a responsabilização criminal dos envolvidos.
O preso foi encaminhado ao sistema prisional e permanecerá à disposição da Justiça. As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis integrantes e ramificações da organização criminosa.