Foz do Iguaçu, 19 de julho de 2025 — O que era visto como casos isolados agora se tornou uma rotina preocupante em Foz do Iguaçu. O número de acidentes de trânsito na cidade cresceu de forma expressiva nos últimos meses, acendendo o sinal de alerta entre autoridades e órgãos de segurança.
De janeiro a junho deste ano, o Corpo de Bombeiros registrou 1.256 atendimentos relacionados a acidentes, um aumento de 25% em comparação ao mesmo período do ano passado. O número de vítimas fatais e de casos com feridos graves também chamou atenção: foram 24 mortes e mais de 160 pessoas com ferimentos severos no primeiro semestre, segundo dados oficiais.
Motociclistas aparecem como as principais vítimas, situação agravada pela imprudência, excesso de velocidade e desrespeito às regras de circulação. Ruas e avenidas movimentadas, como a Avenida Paraná, a Juscelino Kubitschek e a República Argentina, lideram as estatísticas de colisões.
Imprudência e excesso de velocidade no foco das ocorrências
O monitoramento do Foztrans mostra que infrações graves, como excesso de velocidade e avanço de sinal, continuam entre os principais fatores para os acidentes. Somente no primeiro trimestre deste ano, foram aplicadas quase 25 mil multas por velocidade superior ao permitido — um dado alarmante para uma cidade com pouco mais de 250 mil habitantes.
Além disso, o uso do celular ao volante e a condução sob efeito de álcool aparecem entre as causas recorrentes, segundo a Guarda Municipal.
Mobilização e medidas preventivas
Preocupadas com o cenário, as autoridades locais intensificaram as operações educativas e de fiscalização. Blitzes conjuntas entre a Guarda Municipal, Foztrans e o Corpo de Bombeiros passaram a ocorrer em pontos estratégicos. O objetivo é orientar motoristas e reforçar o cumprimento das normas, mas também punir infratores flagrados em situações de risco.
A cidade também passou a sediar encontros e fóruns para debater soluções. Em junho, uma reunião no 9º Grupamento de Bombeiros reuniu representantes da segurança pública, do trânsito e da sociedade civil para planejar novas estratégias de prevenção.
Um pedido de conscientização
Para as autoridades, apenas ações conjuntas e a mudança de comportamento da população podem reverter o quadro. “Não se trata apenas de reforçar a fiscalização, mas de criar uma cultura de respeito e responsabilidade no trânsito. O número de mortes e feridos é inaceitável”, afirmou um comandante do Corpo de Bombeiros em entrevista recente.
Campanhas educativas em escolas, empresas e comunidades estão previstas para os próximos meses. A meta é reduzir os números antes do fim do ano.