Cresce número de mortes por síndromes respiratórias em Foz do Iguaçu; Hospital Municipal opera acima da capacidade

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Foz do Iguaçu enfrenta uma grave crise de saúde pública com o aumento expressivo no número de mortes provocadas por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG). Segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (30), já são 36 óbitos registrados desde o início do ano, sendo a maioria relacionada ao vírus da influenza A — mesmo com a vacina disponível gratuitamente na rede pública.

As vítimas da influenza A tinham entre 24 e 102 anos de idade. Já os óbitos causados por rinovírus atingiram pacientes de 4 a 93 anos. A morte registrada por covid-19 foi de um paciente de 66 anos.

Desde o último levantamento, no início de junho, o número de mortes aumentou significativamente — eram 21 casos no dia 9. A ocupação no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu está acima de 100%, com 235 pacientes para apenas 218 leitos disponíveis, mesmo após o governo estadual contratar leitos extras em São Miguel do Iguaçu.

Diante da situação, a Secretaria de Saúde reforça a importância de procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas respiratórios, como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar. O diagnóstico precoce é essencial para evitar o agravamento do quadro clínico.

Além disso, a pasta orienta a população a seguir medidas de prevenção para conter a transmissão dos vírus:

  • Cobrir nariz e boca com o antebraço ou lenço descartável ao espirrar ou tossir;
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
  • Evitar aglomerações, ambientes fechados e mal ventilados;
  • Utilizar máscara, especialmente em locais de risco ou se apresentar sintomas.

A imunização contra a gripe é uma das formas mais eficazes de prevenção, mas a adesão da população ainda é baixa. Até agora, apenas 75.220 doses da vacina contra a influenza A foram aplicadas em Foz — pouco mais de 25% da meta estipulada, que é de 295.500 doses.

As autoridades de saúde alertam para a urgência de aumentar a cobertura vacinal e manter os cuidados básicos para evitar novos casos e aliviar a pressão sobre a rede hospitalar.

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