Dólar dispara, Bolsa cai e Foz do Iguaçu sente impacto direto na fronteira com o Paraguai

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O mercado financeiro brasileiro iniciou a semana sob forte instabilidade. Em meio a incertezas políticas internas e tensões no cenário internacional, o dólar comercial fechou esta segunda-feira (14) em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,584, maior valor em mais de um mês. Enquanto isso, a Bolsa de Valores (Ibovespa) registrou a sexta queda consecutiva, fechando aos 135.299 pontos — o menor patamar desde 9 de junho.

Embora o movimento do dólar e da bolsa reflita fatores globais, os reflexos já começam a ser sentidos em cidades de fronteira como Foz do Iguaçu, onde a cotação da moeda norte-americana impacta diretamente o comércio, o turismo e o fluxo de compras no Paraguai.

Além disso, o câmbio elevado pressiona os preços do combustível, já que o Paraguai importa parte do produto em dólar. Esse efeito encarece o abastecimento e o transporte, afetando não apenas quem atravessa a fronteira, mas também o consumidor iguaçuense.

O turismo internacional, um dos pilares da economia local, também sofre impacto. A alta do dólar pode desestimular estrangeiros, principalmente os latino-americanos, a visitarem o Brasil e, consequentemente, Foz do Iguaçu, gerando reflexos na rede hoteleira, gastronômica e de serviços.

No plano interno, o mercado brasileiro reage à expectativa da audiência no STF que discutirá o decreto de aumento do IOF, prevista para esta terça (15), e à preocupação fiscal do país. Lá fora, as ameaças comerciais feitas por Donald Trump, incluindo tarifas contra a União Europeia, México e Rússia, reforçaram o clima de aversão ao risco nos mercados.

A combinação desses fatores desenha um cenário de incertezas, em que Foz do Iguaçu, como tradicional cidade de fronteira, sente de perto os efeitos da oscilação do dólar — tanto no bolso da população quanto na dinâmica econômica da região.

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