“Foz do Iguaçu entre as cidades mais caras do mundo: custo de vida assusta moradores”

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Foz do Iguaçu aparece entre as 140 cidades mais caras do mundo em levantamento realizado pela plataforma colaborativa Expatistan. Segundo o ranking, a cidade ocupa a 133ª posição, atrás de Curitiba, que figura na 116ª colocação. A pesquisa considera gastos cotidianos com moradia, transporte, alimentação, vestuário, saúde e lazer.

No cenário nacional, as dez cidades brasileiras com maior custo de vida, segundo a Expatistan, são: São Paulo, Florianópolis, Curitiba, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São José do Rio Preto, Salvador, Foz do Iguaçu e Bauru.

A Expatistan coleta dados de preços informados por usuários locais e fornece uma média confiável sobre o custo de vida em cada cidade, sendo uma ferramenta referência para quem pensa em se mudar.

Fatores que elevam os custos em Foz e Curitiba

O professor doutor Sérgio Czajkowski, especialista em comportamento do consumidor e cidades inteligentes, explica que a valorização imobiliária, infraestrutura, turismo e relações internacionais pressionam os preços em ambas as cidades.

Em Curitiba, a transformação da economia industrial para o setor de serviços, inovação e turismo de negócios atrai profissionais qualificados com alto poder aquisitivo. “Essa migração gera valorização imobiliária nas áreas nobres, aumentando o custo de vida para moradores de baixa renda”, detalha Czajkowski.

Muitos moradores atravessam a Ponte da Amizade para Ciudad del Este, no Paraguai, em busca de preços mais acessíveis em combustíveis, alimentos e eletrônicos. Essa integração informal entre cidades também impacta o comércio local, equilibrando efeitos positivos e negativos na economia de Foz.

Custo alto: desafio ou oportunidade?

Para Czajkowski, embora o custo elevado possa afastar famílias de baixa e média renda, investidores enxergam oportunidades. O alto valor de imóveis e serviços atrai negócios ligados a turismo, tecnologia, comércio exterior e direito internacional, reforçando o desenvolvimento urbano e econômico da cidade.

Curitiba e Foz do Iguaçu são exemplos de como planejamento urbano, diversificação econômica e aproveitamento estratégico de vantagens geográficas podem transformar uma cidade em polo de investimento, mesmo com custos elevados de vida.

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