A greve dos auditores fiscais da Receita Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, completou seis meses e já causa reflexos significativos no fluxo de cargas na fronteira com o Paraguai. De acordo com informações locais, cerca de mil caminhões estão parados à espera de liberação, gerando um verdadeiro gargalo logístico na Ponte da Amizade e no Porto Seco da cidade.
A paralisação dos servidores faz parte de uma mobilização nacional da categoria, que reivindica reestruturação de carreira e melhorias salariais. Em Foz do Iguaçu, um dos principais pontos aduaneiros do país, o movimento tem gerado atrasos significativos na liberação de mercadorias, tanto para exportação quanto para importação.
A situação preocupa empresários, transportadoras e autoridades ligadas ao comércio exterior, já que o entroncamento entre Brasil, Paraguai e Argentina é estratégico para a economia regional e nacional. Produtos perecíveis, peças industriais e bens de consumo permanecem retidos, o que pode acarretar prejuízos milionários para empresas e comprometer contratos internacionais.
Além do impacto financeiro, a retenção prolongada dos veículos causa transtornos logísticos, com motoristas enfrentando dias de espera, falta de estrutura e incerteza sobre prazos. Entidades representativas do setor cobram uma solução urgente do governo federal para evitar o agravamento da crise.
A Receita Federal ainda não sinalizou uma previsão para a normalização dos serviços em Foz do Iguaçu. Enquanto isso, o impasse segue afetando um dos principais corredores comerciais da América do Sul.