A Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a operação Vita Ficta em Foz do Iguaçu, resultando na prisão de três homens e no bloqueio de contas e bens ligados ao grupo, incluindo uma residência avaliada em R$ 3,2 milhões localizada em condomínio de alto padrão na região da Vila A.
As investigações identificaram movimentações bancárias superiores a R$ 14 milhões sem comprovação de origem lícita, revelando que os suspeitos estruturavam suas atividades como uma espécie de empresa para disfarçar os lucros do tráfico. Dois dos três detidos foram presos em flagrante, enquanto ordens de busca e apreensão foram cumpridas em três endereços: dois no bairro Jardim São Paulo e um na mansão de luxo.
Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início após a apreensão de 807 quilos de maconha em maio deste ano, escondidos sob farinha de trigo nas proximidades do Posto Stop, na BR-277, em São Miguel do Iguaçu. Em junho, mais 8,45 quilos de maconha foram encontrados em veículo com placas paraguaias, abordado na BR-277 em Matelândia, com o condutor preso em flagrante.
Além das drogas, a polícia apreendeu quatro veículos, cinco dispositivos eletrônicos, documentos e dados bancários que reforçam a ligação do grupo com crimes de tráfico e lavagem de dinheiro.
“O que mais chama atenção nesta investigação é o volume financeiro envolvido. Identificamos movimentação superior a R$ 14 milhões sem lastro legal. O bloqueio da mansão, dos veículos e das contas é uma resposta clara do Estado contra a lavagem de dinheiro e o crime organizado”, declarou o delegado Rodrigo Colombelli, responsável pela operação.
A ação contou com quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico, e revelou que os suspeitos mantinham uma “vida fictícia”, nome que inspirou a operação Vita Ficta, escondendo seus ganhos ilícitos por meio de imóveis de luxo e negócios de fachada.
