Réu por duplo homicídio: Justiça aceita denúncia contra David André Martens por tragédia na Avenida JK, em Foz do Iguaçu

Em Pauta Segurança

Um dia antes de o caso completar um mês, a Justiça do Paraná aceitou, nesta quarta-feira (16), a denúncia do Ministério Público contra David André Martens, de 36 anos, pelo duplo homicídio ocorrido na Avenida Juscelino Kubitschek, em Foz do Iguaçu. Pai e filho perderam a vida no acidente que chocou a cidade.

A decisão da Justiça torna Martens réu pelos crimes de homicídio com duas qualificadoras: uso de meio que impediu a defesa das vítimas e geração de perigo comum — circunstâncias que, segundo a Promotoria, agravam o caso e revelam alto grau de imprudência por parte do condutor. Além dos homicídios, ele também responderá por se recusar a fornecer sua identificação às autoridades e por abandonar o local do acidente sem prestar socorro.

Se a tese do Ministério Público for confirmada durante o processo, Martens deverá enfrentar um julgamento por júri popular, já que o crime envolve homicídio doloso, quando há intenção ou assunção de risco de matar.

O acidente

O caso ocorreu na madrugada de 17 de março. Gilberto de Almeida, 59 anos, e seu filho Alexandro Leal De Almeida, de 29 anos, Quando estavam parados no sinal semafórico com sua motocicleta no cruzamento da Avenida JK, uma das mais movimentadas de Foz do Iguaçu, quando foram violentamente atingidos por um carro, supostamente em alta velocidade, dirigido por David André Martens.

De acordo com o inquérito policial, o impacto foi tão severo que as vítimas morreram na hora. Imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas indicam que o acusado deixou o local logo após a colisão e teria se recusado a se identificar posteriormente.

Em entrevista, o promotor Nielson Norbêrto de Azeredo afirmou que o réu assumiu o risco de matar ao dirigir em alta velocidade, desrespeitar as leis de trânsito e dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas.

REPERCUSÃO

A tragédia provocou comoção entre moradores e reacendeu o debate sobre segurança no trânsito e responsabilidade dos motoristas. Familiares das vítimas têm feito apelos públicos diários por justiça.

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