Neste 1º de maio, o mundo celebra o Dia Internacional do Trabalhador, uma data marcada por lutas históricas, conquistas sociais e homenagens à classe trabalhadora. A origem da data remonta ao final do século XIX, quando operários de Chicago, nos Estados Unidos, organizaram uma série de greves em 1886 reivindicando a jornada de trabalho de 8 horas. A repressão violenta resultou em prisões e mortes, mas o movimento entrou para a história, sendo reconhecido anos depois pela Segunda Internacional Socialista como símbolo de resistência.
O Dia do Trabalhador no Brasil
No Brasil, o Dia do Trabalhador foi oficialmente reconhecido em 1925, pelo presidente Artur Bernardes. Mas foi durante o governo de Getúlio Vargas, na década de 1930, que a data ganhou maior projeção e sentido social. Vargas transformou o dia 1º de maio em feriado nacional e passou a usar a data como vitrine de anúncios de direitos trabalhistas, como o salário mínimo, férias remuneradas, jornada de 8 horas, carteira de trabalho, licença maternidade e a criação da Justiça do Trabalho.
Conquistas Históricas dos Trabalhadores Brasileiros
O trabalhador brasileiro coleciona vitórias importantes ao longo do tempo:
- 1932: Criação da Carteira de Trabalho
- 1943: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
- 1988: Constituição Federal garante novos direitos, como seguro-desemprego, licença-paternidade, e estabilidade para gestantes
- 2006: Lei Maria da Penha protege trabalhadoras vítimas de violência doméstica
- 2015: Direito à empregada doméstica equiparado ao de outros trabalhadores
- 2023: Avanços na regulação de aplicativos de transporte e entregas
O Governo que Mais Reconheceu os Trabalhadores
O governo de Getúlio Vargas (1930–1945 e 1951–1954) é amplamente considerado o que mais promoveu reconhecimentos e garantias legais aos trabalhadores no Brasil. Conhecido como “pai dos pobres”, Vargas instituiu a CLT em 1943, um marco na legislação trabalhista brasileira. Suas políticas moldaram a estrutura das relações de trabalho no país, reforçando o papel do Estado como protetor dos direitos trabalhistas.
Outros governos também trouxeram avanços, como:
- Lula (2003–2010 e 2023–): Fortalecimento de políticas de valorização do salário mínimo e inclusão de categorias historicamente precarizadas, como os trabalhadores domésticos e os entregadores de aplicativos.
- Dilma Rousseff (2011–2016): Regulamentação do trabalho doméstico e ampliação de direitos previdenciários.